quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Por que compartilhamos apenas as conquistas?



Faz alguns dias que penso sobre as fotos, os posts e a nossa interação na rede social. Imagina se todo mundo além das selfies, viagens, encontros, comidas, amores, crianças, pets, compartilhasse também seus medos, problemas e os dilemas pessoais? A princípio a impressão que daria – nossa que tédio ler coisas ruins, eu já vivencio as minhas! Mas acredito que a lógica deveria ser invertida. Exatamente porque eu tenho os meus medos escondidos vou começar a descobrir que outras pessoas também passam por isso. E desta forma juntas poderemos superar os obstáculos pesados ao longo da caminhada.
Não é fácil dividir com o mundo os próprios fantasmas. Nem eu conseguiria expor toda minha vida desta forma. A minha proposta seria temas comuns que um pode ajudar o outro a traçarem novas linhas e uma trajetória mais motivadora para ir além daquilo que tanto nos paralisa e impede de seguir adiante.
Vejo algumas mães que já fazem isso. E isso conforta a alma, ao saber que não existe apenas uma mãe sem dormir há dias, meses e com filho doente. Uma auxilia a outra com a sua experiência e mais do que isso, com a sua existência.
Já no mundo fitness percebo muitas pessoas postando fotos de superação, alcançando objetivos e motivando os demais a terem uma vida mais saudável. Tenho exemplo de pessoas bem próximas que fazem isso diariamente, porém as imagens nem sempre relatam as escolhas do dia a dia na hora da alimentação. Alimentar a alma também requer cuidados. Não sou a favor de restrições, mas cada vez mais aprendo a escutar o meu corpo e sentir o que ele quer. Outro dia li sobre isso, como deixamos de escutar o nosso corpo e as suas necessidades básicas.

Voltando às redes sociais, eu adoro poder “conviver” com várias pessoas amadas que passaram ao longo da minha vida e hoje sem este recurso nem saberia por onde andavam. E quando compartilhei a história de superação dos meus filhos recebi o carinho de tanta gente. Vi que a rede social também tem essa função de nos ajudarmos a construir novos caminhos, a abraçarmos os amigos que precisam de conforto, a mostrarmos que somos humanos... amo ver as viagens, os filhos, os amigos, as comidas, as piadas, mas sinto falta de agirmos ainda mais para juntos nos solidarizarmos e construirmos um mundo mais leve, alegre, sem julgamentos e com muita empatia. Afinal o nosso corpo precisa mais do que encontros virtuais, é necessário mudanças reais para irmos além!

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