O caminho pode ser pela praia ou montanha. A estrada de asfalto ou de terra. E mesmo já conhecendo bem o trajeto, depois da curva nunca saberemos o que encontrar. Sinto que esta imagem remete a ideia que ao fazer a curva será descoberto algo novo.
Na vida sempre precisamos escolher um caminho ou uma estrada. O grande segredo para encontrar a felicidade genuína está na maneira como atravessamos o trajeto selecionado.
quinta-feira, 29 de junho de 2017
terça-feira, 27 de junho de 2017
Receitas para alimentar o corpo e a alma
Hum... nada mais gostoso que sentir o cheirinho de bolo assado
em uma tarde fria. Eu cresci com a minha bisavó e minha avó assando bolo para o
café da tarde. Ou bolinho de chuva. Na fazenda fogão a lenha. Quando fecho os
olhos sinto o aroma, o gosto e o sorriso em poder desfrutar dessas gostosuras
feitas em casa.
Uma das coisas que faço com a Sofia desde que ela tem
dois anos é cozinhar. Ela adora bater bolo, fazer a massa de biscoito, misturar
a gelatina, enrolar o brigadeiro, assar a torta de espinafre com ricota.
Pergunta quanto tempo vai demorar, coloca o cronômetro comigo e espera esfriar
para degustar e soltar “mamãe, você é a melhor mãe do mundo. Adoro fazer
receitas com você!” Parece até um mantra pós-receita, porque sempre a minha
ajudante mirim solta essa frase quando experimenta algo que fizemos juntas.
Teve um ano que os biscoitos foram a sensação – fizemos os amanteigados, os de
gengibre e os cookies de chocolate com açúcar mascavo e chocolate light. Os
únicos não aprovados por ela foram os de gengibre, em compensação toda família
adorou – decoramos cada um e foi o nosso presente de Natal!
Com a chegada dos meninos precisamos diminuir os nossos
momentos de culinária. Conseguimos fazer brigadeiro de copo dia desses, mas
meus planos para férias incluem novos aromas aqui em casa e uma dose de bagunça
na cozinha. Quero que a Sofia cresça sabendo valorizar os pequenos sabores da
vida. Nenhuma receita difícil, o objetivo é resgatar aquilo que a minha mãe
aprendeu com a minha bisavó. A minha avó paterna é outra que sempre foi
cozinheira de mão cheia. Almoço de domingo na casa dela era para mais de 15
pessoas. Dias desses estava conversando com uma amiga chef de comida que
alimenta o corpo e a alma sobre os sabores da vida e a valorização da cultura proporcionada
pelos cheiros, temperos e ingredientes no geral.
Para quem gosta do assunto e está sem inspiração nas receitas vale a pena conhecer o projeto Minha mãe fazia. Comprei o livro, que traz o mesmo nome da página do facebook, e fiquei
encantada com as histórias, as receitas, as pesquisas, o aroma e o sabor a cada página virada. Não acabei ainda, mas o que li já foi o
suficiente para não deixar espaçar o tempo em fazer receitas com a Sofia.
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quinta-feira, 22 de junho de 2017
Coincidências da vida
Recentemente
li o livro Diário das Coincidências, de João Anzanello Carrascoza. Comprei o
livro porque sempre gostei de relacionar os fatos da minha vida com
acontecimentos do mundo, datas festivas. Aos poucos percebi que a sincronia ia
além das minhas relações mentais. Passei a enxergar conexões sutis que eram decisivas
no rumo da minha vida. Já aconteceram tantas conspirações cósmicas para tudo
fluir como está hoje que renderiam diversas histórias. Neste momento escreverei apenas uma delas, mas quero sugerir que cada observe esses sinais da vida chamados
coincidências. Citarei alguns exemplos para quem não está habituado a observar possa fazê-lo.
Você já ficou pensando em alguma pessoa que de repente deu sinal de fumaça? E sentiu que quando algo
enrosca demais é porque talvez não seja o lugar certo, ou a pessoa ideal ou o
momento adequado? Percebeu que quando você decide colocar um projeto em prática
e aparece a dica que precisava, a pessoa ideal para conversar -- dá até um frio
na barriga porque tudo flui tão bem e naturalmente? Neste último caso acredito
que isso acontece, pois está na hora certa do projeto ser colocado em
prática e quando o enrosco aparece é porque talvez ainda não seja o melhor momento. O
importante de decodificar os sinais é entender se a rota precisa ser
recalculada, ou apenas será necessário ganhar mais conhecimento para continuar
na travessia tão planejada e esperada.
Senta
que lá vem história:
Um
dia mandei uma foto para Revista Vida Simples. Recebi um e-mail muito delicado
da editora, Ana Holanda, explicando que se fosse selecionada entrariam em
contato. Eu respondi o seguinte "...faz mais de um ano que ensaio escrever
este e-mail. A vantagem do tempo ter passado é o aumento da bagagem adquirida.
Segue um breve relato de como a minha opção por uma vida mais simples cruzou
com a Vida Simples e um pedido para compartilhar um pouco da minha história na
revista.
Conheci
a Revista Vida Simples no aeroporto de Porto Alegre -- na volta de uma viagem.
O interessante foi descobrir a revista no momento em que deixava o jornalismo,
depois de 15 anos. Encontrei na Vida Simples tudo o que sempre sonhei como o
jornalismo ideal. Me apaixonei e desde julho de 2015 não vivo sem os seus
editoriais, as cartas dos leitores, as cenas, os colunistas, os artigos, as
matérias principais, as histórias pessoais, as dicas, os achados, enfim, não
vivo sem o conteúdo tão bem pensado mês a mês.
Voltando
ao meu microcosmo -- depois de "seis meses sabáticos" fazendo outra
faculdade (Pedagogia), cuidando da casa e reaprendendo a olhar e viver na
cidade com a ajuda da minha pequena Sofia, que na época tinha 3 anos, descobri
uma gravidez gemelar. Meus filhos foram prematuros e vivenciei 41 dias de UTI
Neonatal e mais dois dias de internação com eles para terem alta. Escrevi muito
durante esse período para me manter viva, saudável e entender o significado de
uma UTI Neonatal para as mães. Posso enviar o texto para sua avaliação? Tenho
fotos que ilustram toda essa fase --
depois que pisei pela primeira vez na UTI com certeza nasceu uma nova
Renata."
Dois
dias depois trocamos novas mensagens e ela disse que poderia mandar a minha história. Isso
foi em fevereiro. Em março recebo um e-mail da editora assistente, Débora Zanelato, querendo
me entrevistar e saber mais de tudo que vivi. Descobri
uma excelente repórter. Brotou afinidade, sintonia e carinho durante a
entrevista e nas trocas de mensagens. Não nos conhecemos pessoalmente, quem sabe um dia a vida promove um encontro inesperado.
A
edição de maio trouxe a minha história. Recebi tanto amor e carinho da redação
para o fechamento do meu relato. Após a publicação ganhei muito mais carinho e
afeto de pessoas queridas, conhecidas e desconhecidas. Recebi mensagens inbox,
comentários nas redes sociais, e-mails. Senti-me conectada com quem nunca
esteve ao meu lado e de alguma forma pude ajudar. Uma gratidão sem tamanho. Eu
me expus, mas o universo deu um jeito de mostrar como isso foi importante para
tantas pessoas. Comprei a edição de junho e mais uma pessoa comentando a minha
experiência. E eu que nessa época estava querendo comprar um livro e sem saber
por onde seguir encontro a entrevista da Ana Holanda com João Anzanello
Carrascoza. A resposta para o meu próximo livro estava ali, apenas esperando a
minha leitura.
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terça-feira, 20 de junho de 2017
A pausa necessária para os próximos voos
Você já se deu conta como o tempo
é relativo conforme a experiência ou a ansiedade de cada pessoa? Um ano pode
ser muito longo ou passar rápido demais. Às vezes, temos a sensação que naquele
ano não aconteceu nada de extraordinário. E ao mesmo tempo, em apenas 12 meses
percebemos a mudança de uma pessoa como se tivesse vividos muitas vidas.
O meu último ano foi desses –
sensação de ter vivido muitas vidas em apenas 12 meses. Já compartilhei sobre a
minha história e a prematuridade dos meus filhos. Não foi fácil expor, mas não
tinha como deixar de compartilhar tanto aprendizado. Se eu pudesse sairia
gritando aos quatro cantos para que cada um resolva seus conflitos e aprenda a
viver o hoje -- um dia por vez.
Como gritar poderia assustar,
resolvi escrever e criar peças que lembrem a importância em buscar a felicidade
genuína e agradecer o dom da vida. Somos levados a acreditar que para ser feliz
é precisa ter o celular moderno, o carro do ano, a roupa da vitrine, o sapato,
a bolsa... fazer todos roteiros de viagem agora. Claro que o consumo dá prazer.
Amo viajar e abrir mão dos roteiros não é fácil, mas eu garanto que quando
existe foco, amor e gratidão pelo presente de viver cada dia tudo fica mais
leve. As escolhas da vida sempre trazem consequências, mas quando há esperança
e perseverança as renúncias perdem a importância e as conquistas ganham
relevância.
Seria mentira escrever que
todos os dias acordo super disposta a enfrentar todos os meus desafios, mas diariamente ao abrir os olhos peço força e agradeço a Deus pela oportunidade em viver exatamente o que eu estou vivendo agora para ousar e voar com toda essa bagagem adquirida a cada manhã! Assim encaro os
meus desafios com os olhos de quem ainda têm muitos sonhos e projetos, porém
aprendeu a esperar o momento certo de realizar cada um deles -- sem desistir
porque o rumo da vida mudou totalmente.
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terça-feira, 13 de junho de 2017
Amor verdadeiro. Isso existe? Onde encontro?
Aproveitando que o tema amor anda
rondando posts, fotos e mensagens, resolvi escrever um pouco sobre o assunto. Ontem
dia dos namorados, hoje Santo Antônio... Eu acredito que o amor transformador de alma pode ser encontrado dentro de cada um, na família, com os amigos,
porque amar está muito além de ter um parceiro.
- Ah, Renata para você é fácil falar
isso.. é casada, tem três filhos.
- Antes de ter tudo isso, eu lutei
muito para me conhecer e saber o que eu realmente queria para minha vida. Foi
duro descobrir as coisas que não queria e ter a certeza em buscar algo
verdadeiro.
- E o que significa amor verdadeiro?
- Amor verdadeiro é aquele construído
todo dia sem jogos de adivinha. Sem mentiras. Aprendendo a escutar e enxergar
os seus defeitos e amar os de quem está ao seu lado.
- Amar os defeitos do outro?
- Amar os defeitos do outro é
entender que na vida não existe o amor perfeito, mas o amor real. O amor
verdadeiro sabe respeitar o outro, não ultrapassa limites, tem muitos erros,
superação, acertos e a comemoração dos sonhos realizados. E isso pode ser
praticado em qualquer relação. Por isso é tão importante buscar a verdade que
está dentro de você mesmo antes de idealizar algo inalcançável.
Escrevi esse diálogo mental porque
escuto muito como construí uma família linda, como posso ser apaixonada pelo
meu marido mesmo depois de mais de 10 anos juntos... tenham certeza que não foi
um passe de mágica, mas sempre buscamos nos mostrar como realmente somos,
derrubamos a máscaras da sedução para o rosto lavado da vida real. Se eu posso
dizer algo sobre amor --experimente viver o que é de verdade com tudo na vida.
Assim fica mais fácil achar um parceiro para a sua trajetória. E o diálogo –
escutar faz parte e pedir desculpa também – um ingrediente que não pode faltar
quando há a busca pelo amor de verdade.
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quinta-feira, 8 de junho de 2017
terça-feira, 6 de junho de 2017
Era uma vez... a vida mudando seu destino
Era uma vez uma menina sonhadora que via nos olhos
das crianças a certeza de um mundo melhor. Cheia de histórias para contar essa
menina precisou escolher qual caminho seguir e o jornalismo virou profissão.
Encantou-se e se deixou encantar pela comunicação. Apaixonada por encontrar na
vida do outro uma história que viraria uma matéria, um depoimento. Uma mistura
de dois mundos, o dela jornalista e o dele, a vida real. Durante 15 anos ela
esteve com o seu bloquinho, com os olhos atentos, com o gravador e depois com o
celular. Sempre com brilho nos olhos para contar a nova história que acabara de
escutar. E nesse tempo todo, ela enfrentou desafios, buscou novos caminhos,
aprendeu muito e evoluiu também. Sempre ali pronta para o novo, a nova
história, o novo depoimento.
Um dia ela escreveu que enquanto os olhos
brilhassem tudo teria sentido, o frio na barriga era sinal que todo dia era um
dia especial. Os olhos não deixaram de brilhar e o frio na barriga passou para
um estágio mais avançado, o medo. O medo de não ter tomado a decisão certa, o
medo de qual caminho seguir e o medo de olhar pra ela mesma e de repente ver
que não era mais aquilo que queria. E foi assim que ela se lembrou dos olhos
das crianças que a encantava, que aquilo sim fazia mais sentido e que a
educação seria o seu novo recomeço. Ela gostava de novos desafios e recomeçar
era o que ela na verdade buscava. Decidiu prestar vestibular para pedagogia e
agora seus olhinhos brilhavam para poder entrar em sala de aula e vivenciar de
novo aquele primeiro encantamento com as crianças.
Depois de um ano de faculdade precisou
parar os estudos. A pausa foi sem tempo definido. Ela não desistiu do sonho,
apenas aprendeu mais uma vez que mudanças de rotas acontecem. Vieram mais
dois filhos. De repente ela virou mãe de três. Teve sete meses para assimilar
tantas mudanças. Eles vieram antes do previsto, mas no tempo certo para ela
amadurecer, crescer e encontrar um novo caminho.
As histórias voltaram a ser contadas, as fotos
editadas, as imagens ganharam vida e formato. Afinal sempre há um novo caminho!
Ela é assim, inquieta, alegre, em
busca de desafios... Ela sou eu e eu sou ela, uma pessoa em desconstrução para
recalcular aquilo que faz sentido para a vida! Que venham os olhinhos curiosos
de quem tem uma vida toda para descobrir, assim como eu! Que venham novas artes da Littera Encantada.
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Mais informações: littera.encantada@gmail.com
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quinta-feira, 1 de junho de 2017
Espalhando gratidão -- parte II
O nome Littera Encantada nasceu pelo meu encantamento com as letras que se transformam em frases e são capazes de modificar a manhã, a tarde, a noite, o dia ou até mesmo a vida de alguém. Mas além das letras, sou apaixonada pelas imagens e o que representam e encantam.
A ideia de unir as frases e as imagens ganharam forma e cor. Ao poucos cartões, marcadores de livros e imãs ganham o mundo para espalhar esperança, fé, leveza e alegria. Poder fazer isso é um sonho realizado a cada criação. Normalmente passo horas pensando em cada peça e de noite uno as ideias com as fotos selecionadas. A minha filha de 5 anos algumas vezes acompanha esse processo de criação e ajuda atualizar o blog, o facebook. Outro dia ela me perguntou se também poderia inventar um marcador de livro comigo e juntas escolhemos um dos seus desenhos para transformar a ideia dela em um produto lúdico -- assim nasceu a primeira peça criada por nós duas para que diariamente lembremos como é encantador descobrir o mundo a cada página, a cada dia, a cada história, a cada experiência.
Agradeço diariamente essa oportunidade única em participar da vida dos meus filhos, envolvê-los em meus projetos e receber carinho de quem lê, admira ou adquire algo criado para espalhar que a vida é o nosso maior bem e vivê-la com leveza acalma a alma e transborda o coração de amor e fé!
As novas peças da Littera Encantada poderão ser adquiridas no Mercadinho Artesanal no dia 11 de junho!
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