quinta-feira, 22 de junho de 2017

Coincidências da vida



Recentemente li o livro Diário das Coincidências, de João Anzanello Carrascoza. Comprei o livro porque sempre gostei de relacionar os fatos da minha vida com acontecimentos do mundo, datas festivas. Aos poucos percebi que a sincronia ia além das minhas relações mentais. Passei a enxergar conexões sutis que eram decisivas no rumo da minha vida. Já aconteceram tantas conspirações cósmicas para tudo fluir como está hoje que renderiam diversas histórias. Neste momento escreverei apenas uma delas, mas quero sugerir que cada observe esses sinais da vida chamados coincidências. Citarei alguns exemplos para quem não está habituado a observar possa fazê-lo. 
Você já ficou pensando em alguma pessoa que de repente deu sinal de fumaça? E sentiu que quando algo enrosca demais é porque talvez não seja o lugar certo, ou a pessoa ideal ou o momento adequado? Percebeu que quando você decide colocar um projeto em prática e aparece a dica que precisava, a pessoa ideal para conversar -- dá até um frio na barriga porque tudo flui tão bem e naturalmente? Neste último caso acredito que isso acontece, pois está na hora certa do projeto ser colocado em prática e quando o enrosco aparece é porque talvez ainda não seja o melhor momento. O importante de decodificar os sinais é entender se a rota precisa ser recalculada, ou apenas será necessário ganhar mais conhecimento para continuar na travessia tão planejada e esperada.

Senta que lá vem história:
Um dia mandei uma foto para Revista Vida Simples. Recebi um e-mail muito delicado da editora, Ana Holanda, explicando que se fosse selecionada entrariam em contato. Eu respondi o seguinte "...faz mais de um ano que ensaio escrever este e-mail. A vantagem do tempo ter passado é o aumento da bagagem adquirida. Segue um breve relato de como a minha opção por uma vida mais simples cruzou com a Vida Simples e um pedido para compartilhar um pouco da minha história na revista.
Conheci a Revista Vida Simples no aeroporto de Porto Alegre -- na volta de uma viagem. O interessante foi descobrir a revista no momento em que deixava o jornalismo, depois de 15 anos. Encontrei na Vida Simples tudo o que sempre sonhei como o jornalismo ideal. Me apaixonei e desde julho de 2015 não vivo sem os seus editoriais, as cartas dos leitores, as cenas, os colunistas, os artigos, as matérias principais, as histórias pessoais, as dicas, os achados, enfim, não vivo sem o conteúdo tão bem pensado mês a mês.
Voltando ao meu microcosmo -- depois de "seis meses sabáticos" fazendo outra faculdade (Pedagogia), cuidando da casa e reaprendendo a olhar e viver na cidade com a ajuda da minha pequena Sofia, que na época tinha 3 anos, descobri uma gravidez gemelar. Meus filhos foram prematuros e vivenciei 41 dias de UTI Neonatal e mais dois dias de internação com eles para terem alta. Escrevi muito durante esse período para me manter viva, saudável e entender o significado de uma UTI Neonatal para as mães. Posso enviar o texto para sua avaliação? Tenho fotos que ilustram toda essa fase --  depois que pisei pela primeira vez na UTI com certeza nasceu uma nova Renata."

Dois dias depois trocamos novas mensagens e ela disse que poderia mandar a minha história. Isso foi em fevereiro. Em março recebo um e-mail da editora assistente, Débora Zanelato, querendo me entrevistar e saber mais de tudo que vivi. Descobri uma excelente repórter. Brotou afinidade, sintonia e carinho durante a entrevista e nas trocas de mensagens. Não nos conhecemos pessoalmente, quem sabe um dia a vida promove um encontro inesperado.
  

A edição de maio trouxe a minha história. Recebi tanto amor e carinho da redação para o fechamento do meu relato. Após a publicação ganhei muito mais carinho e afeto de pessoas queridas, conhecidas e desconhecidas. Recebi mensagens inbox, comentários nas redes sociais, e-mails. Senti-me conectada com quem nunca esteve ao meu lado e de alguma forma pude ajudar. Uma gratidão sem tamanho. Eu me expus, mas o universo deu um jeito de mostrar como isso foi importante para tantas pessoas. Comprei a edição de junho e mais uma pessoa comentando a minha experiência. E eu que nessa época estava querendo comprar um livro e sem saber por onde seguir encontro a entrevista da Ana Holanda com João Anzanello Carrascoza. A resposta para o meu próximo livro estava ali, apenas esperando a minha leitura.

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