terça-feira, 8 de agosto de 2017

Da série mãe metamorfose


Frio na barriga. Aquela sensação de borboletas internas que 
misturam ansiedade, felicidade, liberdade e a certeza que estou fazendo o melhor para todos!
A saída de casa com os três foi mais fácil do que eu imaginava. Parece que os dois sabiam que hoje era dia de começar uma nova fase. Colaboraram, estavam felizes. A Sofia ajudando como sempre e muito orgulhosa, porque os irmãos iam para a escola que ela foi durante os primeiros dois anos de vida. 
O mundo girou a favor e consegui parar na porta da escola para descarregar os dois e toda pequena mudança necessária para passarem às quatro horas e meia que ficarão nos próximos meses, anos... 
Por algumas semanas eu relutei em tomar esta decisão. Realmente eu não dou conta dos dois sozinha enquanto meu marido trabalha? Como é difícil assumir para nós mesmos as nossas limitações físicas e emocionais. Como é difícil nos conhecermos profundamente e estarmos prontas para enfrentarmos as nossas culpas, o julgamento alheio e as opiniões de quem sabe muito da vida do outro sem estar lá no dia a dia para entender os caminhos escolhidos. Eles precisam explorar mais o mundo -- minha resposta externa mas nem precisava dar explicação do que nós decidimos, percebemos e vivenciamos. E realmente chegou o momento deles aprenderem que a vida lá fora existe para voar e descobrir como é bom conhecer, experimentar e compartilhar! Desde pequenos eles já compartilham muito e o mundo também precisa aprender com eles amor verdadeiro, simpatia e alegria espontânea!
Ser mãe é isso. Aprender ouvir muitas vezes calada. Perceber os filhos apenas observando o dia que tudo mudou perante os olhos deles. Ser mãe transforma o corpo não apenas porque gerei, mas porque me curvo para pegá-los, me levanto para erguê-los e me desdobro para nos conectarmos. Ser mãe é mudar de opinião, mudar a rota e descobrir tantas verdades e omitir tantas dores!

Em tempo - ontem foi o primeiro dia deles. Delicioso ver a alegria dos dois na escola. Estavam encantados com tudo e encantaram a todos pela simpatia, sociabilidade e desprendimento. Ao vê-los dominando o berçário e felizes meu coração acalmou e tranquilizou-se! Realmente chegou a hora deles viverem um mundo além da casa. Foi um ano e 56 dias de muita dedicação a eles! 


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